quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Análise tática: Internacional 1-1 Palmeiras

Inter de Argel, vindo de bons resultados no Brasileirão, recebia o Palmeiras, três pontos a sua frente no nacional e atualmente integrante do G4. Confronto mais equilibrado das quartas-de-final da Copa do Brasil, pelo menos teoricamente.
No Beira-Rio com quase 35 mil presentes (30.740 pagantes), viu-se um jogo de muitos lançamentos diretos e baixo nível técnico. Aquém do que 7º e 4º colocado podem proporcionar. 
Colorado no 4-3-3 sem referência, com Alisson no gol; William, Paulão, Réver e Ernando na primeira linha; Rodrigo Dourado, Nilton e Wellington Martins no meio; Vitinho e Valdivia abertos, Alex como "falso nove".
Verdão no 4-2-3-1 de sempre, com Fernando Prass; Lucas, Jackson, Vitor Hugo e Egídio na primeira linha; Amaral e Arouca volantes; Robinho, Dudu e Gabriel Jesus na linha de meias; Lucas Barrios referência.
Panorama inicial
Palmeiras propositivo, com dificuldade na transição ofensiva e falta de amplitude. Volantes não se apresentavam para saída de bola e ligações diretas ocorriam a todo momento. Dudu por dentro, com total liberdade para movimentar-se e conduzir a redonda, com mais espaço para tal. Robinho aberto pela direita como organizador. Faltou aproveitar os espaços cedidos pelo adversário nos flancos. Sem posse, equipe espaçada e repleta de encaixes com perseguições longas.
Problema na transição ofensiva palmeirense. Reprodução: SporTV
Palmeiras sem a posse. Reprodução: SporTV
Pressão alta palmeirense. Reprodução: SporTV.
Inter reativo, com linhas e setores distantes. Marcação a partir dos volantes, sem pressão ao portador da bola. Pouco jogo entrelinhas e má coordenação de movimentos. Ofereceu espaço e transitou mal.
Reprodução: SporTV

Problemas habituais reapareceram no time de Marcelo Oliveira: Aproveitamento nos passes ruim (79,14%) e marcação com encaixes individuais, que gera espaços ao oponente em momentos do jogo. Muitos lançamentos (aproveitamento ruim também) graças ao problema na transição ofensiva já antes citado. 
Encaixe individual. Reprodução: SporTV
Ponta não fecha espaços, apenas cobre subida do lateral adversário. Reprodução: SporTV.
Pós-golaço de Alex, segundo tempo de amplo domínio visitante, especialmente depois de recuo de Robinho para volante. Mandante acuado, chegando até a esboçar um 4-1-4-1 com placar favorável. Porém, vantagem no placar durou pouco. Rafael Marques entrou para decidir, em transição iniciada por Robinho.
Esboço de 4-1-4-1 do Inter com placar favorável. Reprodução: SporTV.
Início da jogada que culminou no gol de Rafael Marques. Reprodução: SporTV
Com 1-1, equipes se expuseram mais. Palmeiras com Robinho volante, Rafael, Dudu e Allione na linha de três, mais Cristaldo na frente. Marcação seguiu variando entre blocos médio e alto, com pressão. Internacional no 4-2-3-1, agora com referência fixa, Vitinho, Alex e Valdivia na linha de três. Bruno Gaio, estreante, na frente. Com mais pressão.
Equipes que terminaram a partida.
Resultado ruim para ambos. Inter empatou levando gols em casa e decide fora, Palmeiras jogou para vencer e não o fez. Alviverde favorito para avançar e enfrentar classificado de Fluminense x Grêmio (ida 0-0, no Rio de Janeiro) na semifinal.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Reativamente, São Paulo bate o Grêmio em Porto Alegre

Invicto em casa, Grêmio recebia o São Paulo, que tinha retrospecto negativo como visitante nos últimos jogos. Favoritismo todo do Tricolor gaúcho para a partida.
Em campo, viu-se um Grêmio menos intenso e com mais dificuldade na armação que de praxe. Muito graças ao jogo do São Paulo, de muita aplicação e organização na cancha.
Roger manteve a estrutura tática da equipe, no 4-2-3-1. Bruno Grassi no gol; Galhardo, Rafael Thyere, Erazo e Marcelo Oliveira na primeira linha; Edinho e Walace volantes; Giuliano, Douglas e Fernandinho na linha de meias; Luan "falso nove", invertendo com Douglas em alguns momentos. 
São Paulo de Osorio veio no 4-1-4-1, com Renan Ribeiro; Bruno, Rodrigo Caio, Lucão e Matheus Reis na primeira linha; Breno entrelinhas; Thiago Mendes e Carlinhos meias interiores, Pato e Michel Bastos nas pontas; Ganso como "falso nove".


Panorama da primeira etapa.

Desde o princípio, Grêmio buscando propor e São Paulo posicionado para contragolpear. 
Grêmio com pressão alta, compactação e toques rápidos. Mas apresentava dificuldade no jogo entrelinhas e movimentava-se pouco, facilitando marcação adversária. Não conseguia controlar a posse e faltava verticalidade.



Grêmio pressionando a saída são-paulina. Reprodução: Premiere
São Paulo marcando mais agrupado que de costume e com maior intensidade. Não pressionava a saída adversária como faz habituamente, mas buscava fechar linhas de passe e tinha superioridade no setor da bola a todo momento.


Compactação defensiva do SP: 9 jogadores de linha em poucos metros. Reprodução: Premiere



Superioridade numérica do São Paulo no setor da bola. Reprodução: Premiere.

Transição ofensiva muito rápida e objetiva, criando boas chances e culminando nos dois gols da equipe. Amplitude utilizada em muitos momento, como mecanismo de ruptura das linhas adversárias.


Defesa do Grêmio posicionada e visitantes utilizando a amplitude. Reprodução: Premiere.
No primeiro gol, Pato desarmando atrás e avançando sem a bola. Carlinhos contando com a sorte para depois acertar belo passe para quem começou a jogada conclui-la em gol: o 9º de Alexandre Pato no Brasileirão. 
Pressão ainda maior do Grêmio depois de atrás no placar. Mais espaço para o São Paulo ligar seus contra-ataques.
Durante parte do jogo, domínio dos paulistas. Controle espacial e possessivo. Time conseguia avançar suas linhas e trabalhar a bola no ataque, sem dar espaço para o rival jogar. Recuperação rápida. 
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Equipes do fim da partida.
Já no momento de "pressão final" do Grêmio, Rogério recebeu e avançou com espaço e opção de passe no contra-ataque. Contou com a sorte e matou o jogo, marcando seu 2º gol pelo clube em 3 partidas.
Ainda deu tempo do Grêmio fazer seu "gol de honra" com Everton, que recebeu de Pedro Rocha. Os dois jovens vindo do banco.
Com o resultado, São Paulo segue com a mesma pontuação do 4º colocado (Flamengo, 41 pontos), em 5º. Grêmio segue em 3º, a 4 pontos do vice-líder e agora 9 do líder Corinthians (54 x 45). Título mais distante do Sul, briga pelo G4 segue como realidade do São Paulo.